terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aprendi e Decidi

  Aprendi e decidi...E assim,depois de muito esperar,num dia como outro qualquer,decidi triunfar...
  Decidi não esperar as oportunidades e sim,eu mesma buscá-las.
  Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
  Decidi ver cada deserto como uma oportunidade de encontrar uma saída.
  Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
  Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
  Naquele dia,descobrir que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
  Naquele dia, descobrir que eu não era a melhor e talvez eu nunca tenha sido.
  Deixei de me importar com quem ganha ou perde,agora ,eu importo simplesmente saber melhor o que fazer. . Aprendi que o difícil não é chegar lá  em cima,e sim ,deixar de subir.
  Aprendi que o melhor triunfo que posso ter,é ter o direito de chamar alguém de amigo.
  Descobrir que o amor é mais que um estado de namoramento,"o amor é uma filosofia de vida".
  Naquele dia ,deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser a minha própria ténue luz deste presente.
  Aprendi que nada serve ser luz se não vai iluminar o caminho dos demais .
  Naquele dia,aprendi que os sonhos são somente para fazer-se realidade.
          "E desde aquele dia, já não durmo mais para descansar."

Crônica do Amor (Arnaldo Jabor)

 Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
  O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
  Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
  Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
  Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
  Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
  Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
  Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
  Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
  Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
  Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
  É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
  Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
  Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
 Não funciona assim.
  Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
  Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
  Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

domingo, 24 de outubro de 2010

Soneto de fidelidade(Vinicius de Moraes)

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do meu amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.